quarta-feira, 18 de agosto de 2010

E começa a campanha eleitoral obrigatória...


Cara desde criança não sei porque algo nas campanhas eleitorais sempre despertou algum tipo de interesse em mim. Primeiro musiquinhas do tipo “A gente quer o melhor Sérgio Cabral/ Pra ficar legal/ Eh!” (Como eu era inoscente!), ou carinhas amigáveis e felizes, embora não me venha nenhuma a mente neste momento. Depois que eu comecei a pseudo-entender um pouco mais de alguma coisa, eu procurava é claro como adolescente-boba-engraçadinha, aquelas propagandas das mais hilárias, mal feitas, ou mesmo super ridículas de tão improváveis tipo a campanha política do Silvio Santos a presidência (tipo, imagina o homem lá no Planalto Central falando: “Quem quer dinheiro!??” – tipo ia dar merda #FATO!).

Só que agora, nesta semana de Agosto do ano de 2010, depois da eleição histórica do presidente operário “esquerdista”, pobre, sem estudo, e que conseguiu conquistar com seu carisma brasileño, desde Obama à Ahmadinejad, temos uma nova campanha eleitoral, e é claro uma nova pessoa, menos boba, e que vê com olhos muito outros as campanhas feitas por todos os políticos do horário eleitoral. É eu continuo gostando de assistir esta bagaça.

Olha, posso dizer que os candidatos este ano, até mesmo os de orçamento mais curto como o PSOL, se esforçaram muito para chamar minha atenção nesta campanha, vou começar pelo mesmo, que teve a campanha, mais curta e mais divertida que eu já assisti (embora não tenha surtido a intenção desejada em mim). Cara, infelizmente não consegui achar a campanha para postá-la aqui, foi de uma graça digna de Plínio de Arruda Sampaio, o senhor que eu nunca vi antes no senário político, mas que certamente ganhou todo meu respeito e minha admiração pela experiência e audácia com que conduziu o primeiro debate exibido pela Band (Ganhou meu respeito, mas não meu voto...). Para quem perdeu esta pérola publicitária, a campanha começa num ringue, onde sósias dos candidatos de maior destaque perdem a luta para o candidato nerd de uniforme vermelho. Contando não dá pra sentir o drama, mas vou tentar colocar aqui futuramente para ilustrar. A campanha foi interessante, divertida, mas pra que mesmo que serve o horário eleitoral? (Cri cri cri) Entendo que com pouco espaço,o cidadão tenha que fazer certos tipos de apelação, mas criticar os mais bem colocados nas pesquisas não vai elevar o número de adeptos de maneira significativa. Acredito que esse tipo de campanha bem humorada, deveria ser feita pela internet, que é por natureza um lugar mais apropriado para linkar descontração com exercício cívico.

O digníssimo senhor “Zé” Serra, na campanha televisiva não mostrou nada que todos nós não esperássemos, Aquele tipo de campanha limpinha, azulzinha, exaltando sua figura de provedor do bom viver, exibindo com orgulho números, projetos, medias e afins. Mas na campanha radiofônica, ah essa sim foi tipo supimpinha! Estava eu a voltar de minha faculdade quando ouço uma dada musiquinha, que de primeira só consegui identificar o trecho “Lula da Silva sair”. Pensei de cara eu fosse campanha da Dilma né, porque falou de Lula ta lá a Dilma atrás. Aí ouvi com mais atenção: “Quando o Lula da Silva sair/ É o Zé que eu quero lá/ Com o Serra eu sei que anda/ É o Zé que eu quero lá...”. É então...já posso pular ou tenho que dissertar a respeito? Pô, a musica pega, já conseguiu o “tanto bate até que fura”, mas, mas... Bem não podemos dizer que ele não ta tentando né, colocou do aposentado ao soro positivo na campanha...é vamos ver...

A última campanha que me chamou alguma atenção foi a da Dilma. Primeiro achei muito honesto ela ter citado mesmo que rapidamente sua prisão e tortura durante a ditadura militar. Mas o Lula apareceu tanto, mas tanto durante a propaganda que chegou um momento que eu pensei: “Porra, mas o Lula ainda pode ser releito?!” (De certa forma sim neh, mas...). Outra coisa que me deixou intrigada, mas que pra mim produziu um certo efeito foi aquele joguinho de Dilma e Lula literalmente nos quatro cantos do Brasil. Pensei, é pó estão querendo fazer integração nacional e tal, pro povo se sentir incluído como um todo, mas daí pensei do Oiapoque ao Arroio Chuí é uma distancia considerável neh? Ia levar tempo, dinheiro, hospedagem, avião..... a quanto tempo será que essa campanha foi gravada? Em que companhia aérea o senhor Presidente e a candidata Dilma viajaram para fazer a campanha? Pois então...

Comentadas as campanhas que mais me chamaram a atenção, gostaria de fazer uma colocação. É claro que não se deve decidir o voto somente a partir do tipo de campanha que o candidato realiza, mesmo que para mim, e para minha área de Comunicação, seja um fator de grande destaque. O histórico do candidato, sua experiência na política, o tipo de trabalho que realizou em benefício do país são fatores muito mais relevantes para determinar a escolha dos nossos futuros governantes. Mas o que fico pensando é: mas é as pessoas que se guiam, ou que só podem se guiar, pelas campanhas, pelos zilhões de placas e cartazes que circulam pelas cidades? E a avó que acha que o Índio da Costa é bonito? E a mãe que tem seu filho segurado por um candidato num corpo-a-corpo? Os políticos pensam nelas no direcionamento de suas campanhas, mas quem vai levar o desenvolvimento a elas? E quem sabe e vota consciente está colaborando com o sistema, comprando uma idéia e fazendo com que ela seja um sucesso?

Eu não sei, estava querendo saber pra melhor decidir qual será minha contribuição para o próximo governo...wish for the best!

Que vença, quem puder melhorar o país de verdade...Está dada a largada.

PT Saudações...Fui!

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